sábado, setembro 10, 2005

 

TARZAN TABORDA


Ex-atleta e natural de Vila do Bispo, Penamacor, "Tarzan" Taborda foi a figura central das jornadas de atletismo integradas na Feira do Mel da Serra da Malcata. Além de dar o nome à meia maratona incluída nas actividades desportivas, o antigo campeão europeu e mundial de luta livre foi ainda homenageado com a Medalha de Prata de Mérito Municipal. Um galardão que, nas palavras de António Manuel Cabanas, vereador do desporto da autarquia penamacorense, "se justifica pelo facto do cidadão Taborda nunca se ter esquecido das suas raízes, e ter contribuído para o desenvolvimento da própria terra". Por seu lado, "Tarzan", de seu nome Albano Taborda Curto Esteves, mostra-se orgulhoso do reconhecimento dos seus conterrâneos. "Já fui premiado e homenageado em muitas cidades do mundo, mas sê-lo na minha cidade natal tem um sabor muito especial", confessa. E continua: "Quando tinha 14 ou 15 anos já gostava de desporto. Praticava atletismo e corria por todo o lado. As pessoas chamavam-me maluquinho. Esta prova com o meu nome acaba por ser uma homenagem a esse maluquinho de antigamente". Tarzan Taborda, também conhecido no estrangeiro como Taborda "Sputnik" ou Tarzan "Curtys", nasceu e foi criado no concelho de Penamacor. Ainda muito jovem foi correr mundo e alcançou uma fama inédita em Portugal. Várias vezes campeão europeu e mundial de luta livre, Taborda obteve o segundo lugar como Mister Europa, foi bailarino no Lido de Paris e duplo de cinema em Hollywood. Actividade que lhe permitiu contracenar com conceituados actores como Brigite Bardot, Alain Delon ou John Wayne. De regresso a Portugal o ex-atleta escreve um livro ("Como prolongar a vida com força saúde e beleza") que vai já na quarta edição e dirige um centro de recuperação e cultura física. No que respeita à Meia-Maratona, Tarzan quer que a prova com o seu nome se torne uma tradição. "Esta prova é para continuar. Espero estar presente em todas as edições por muitos anos". Faleceu, hoje, aos 78 anos.
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AGOSTINHO NETO


ANTÓNIO AGOSTINHO NETO nasceu a 17 de Setembro de 1922, na aldeia de Kaxicane, região de Icolo e Bengo, a cerca de 60 km de Luanda. O pai era pastor e professor da igreja protestante e, tal como sua mãe, era igualmente professora.
Após ter concluído o curso liceal em Luanda, Neto trabalhou nos serviços de saúde. Viria a tornar-se rapidamente uma figura proeminente do movimento cultural nacionalista que, durante os anos quarentas, conheceu uma fase de vigorosa expansão.
Decidido a formar-se em Medicina, Neto pôs de lado parte dos seus magros proventos durante vários anos e, foi com essas economias que embarcou para Portugal em 1947 e se matriculou na Faculdade de Medicina de Coimbra.
Não havia uma única instituição de ensino superior na Colónia. O estudante que pretendesse continuar os seus estudos via-se forçado a fazê-lo à custa de grande sacrifício e tinha de alcançar um notável status académico em condições de pobreza e descriminação racial extremamente difíceis. Estudando primeiro em Coimbra e posteriormente em Lisboa, foi-lhe concedida uma bolsa de estudos pelos Metodistas Americanos dois anos depois da sua chegada à Portugal.
Cedo se embrenhou em actividades políticas e experimentou a prisão pela primeira vez em 1951, ao ser preso quando reunia assinaturas para a Conferência Mundial da Paz em Estocolmo.
Retomando as actividades políticas após a sua libertação, Neto tornou-se representante da Juventude das colónias portuguesas junto de um movimento da juventude portuguesa, o MUD juvenil. E foi no decurso de um comício de estudantes a que assistiam operários e camponeses que a PIDE o prendeu pela segunda vez.
Preso em Fevereiro de 1955, só veio a ser posto em liberdade em Junho de 1957.
Por altura da sua prisão em 1955 veio ao lume um opúsculo com os seus poemas.
Entretanto, certos poemas que descreviam as amargas condições de vida do Povo angolano e a fervente crença do poeta no futuro haviam já atravessado, anos antes, o muro de silêncio que Portugal erguera em torno da repressão que exercia sobre os democratas e dos crimes brutais que se perpetravam nas colónias.
O caso da prisão do poeta angolano desencadeou uma vaga de protestos em grande escala. Realizaram-se encontros; escreveram-se cartas e enviaram-se petições assinadas por intelectuais franceses de primeiro plano, como Jean-Paul Sartre, André Mauriac, Aragon e Simone de Beauvoir, pelo poeta cubano Nicolás Gullén e pelo pintor mexicano Diogo Rivera.
Em 1957 foi eleito Prisioneiro Político do Ano pela Amnistia Internacional.
Em 10 de Dezembro de 1956 fundaram-se em Angola vários movimentos patrióticos para formar o MPLA, Movimento Popular para Libertação de Angola, o movimento que lançaria a luta armada do povo angolano contra um Portugal fascista e obstinado, cujas estruturas económicas e sociais eram demasiado obsoletas para permitir a aplicação das soluções neocolonialistas procuradas noutros lugares.
Começando por se organizar nas áreas urbanas, entre os operários e intelectuais progressistas, o MPLA viria a mostrar em breve as suas notáveis flexibilidade e capacidade de adaptação às exigências do momento quando passou à luta armada, criando um exército do povo para conduzir uma guerra que o poeta viria a chefiar.
Em 1958, Agostinho Neto doutorou-se em Medicina e, casou no próprio dia em que concluiu o curso. Nesse mesmo ano, foi um dos fundadores do clandestino Movimento Anticolonial (MAC), que reunia patriotas oriundos das diversas colónias portuguesas.
Neto voltou ao seu País, com a mulher, Maria Eugénia, e o filho de tenra idade, em 30 de Dezembro de 1959.
Ocupou, então, a chefia do MPLA em território angolano e passou a exercer a medicina entre os seus compatriotas. Muitos membros do Movimento tinham sido forçados ao exílio nos anos que antecederam o seu regresso à Angola, tendo estabelecido um quartel-general próprio em Conacry, na independente República da Guiné, donde podiam informar um mundo ainda em larga medida ignorante da situação em Angola.
Sucederam-se novas prisões em Julho de 1959, incluindo a de Ilídio Machado, o primeiro presidente do MPLA, um dos réus do célebre julgamento dos Cinquenta, julgamento militar secreto em que foram aplicadas severas penas à destacados militantes do MPLA, alguns dos quais foram julgados na ausência, dado que haviam já optado pelo exílio.
Em 8 de Junho de 1960, o director da PIDE veio pessoalmente prender Neto no seu Consultório em Luanda. O que se seguiu foi um exemplo típico da brutalidade assassina praticada pelas autoridades fascistas. Uma manifestação pacífica realizada na aldeia natal de Neto em protesto contra a sua prisão foi recebida pelas balas da polícia. Trinta mortos e duzentos feridos foi o balanço do que passou a designar-se pelo Massacre de Icolo e Bengo.
Receando as consequências que podiam advir da sua presença em Angola, mesmo encontrando-se preso, os colonialistas transferiram Neto para uma prisão de Lisboa e, mais tarde enviaram-no para Cabo Verde, para Santo Antão e, depois para Santiago, onde continuou a exercer a medicina sob constante vigilância política. Foi, durante este período, eleito Presidente Honorário do MPLA.
Na altura que mereceram as honras das primeiras páginas dos jornais as notícias da captura, no oceano Atlântico, de um navio português, o Santa Maria, por um grupo de democratas portugueses chefiado por Henrique Galvão, ex-funcionário colonial que acabava de escapar à prisão em Portugal! E que havia denunciado a existência de trabalhos forçados em Angola num fulminante relatório escrito em 1961. Correu o boato de que o navio rumava à Luanda, boato esse que levou à capital angolana grande número de jornalistas estrangeiros. Os militantes do MPLA que operavam clandestinamente em Luanda decidiram fazer coincidir a sua planeada acção para libertar os prisioneiros políticos com a presença desses jornalistas, no intuito de atrair as atenções do mundo para a dolorosa operação ao domínio português na colónia de Angola.
Puseram o seu plano em prática. As primeiras horas do dia 4 de Fevereiro de 1961, as prisões de Luanda foram assaltadas por homens munidos de catanas e armas de fogo, algumas das quais capturadas durante um ataque realizado antes contra um Jeep da polícia. Se bem que os assaltantes não tivessem conseguido os seus intentos, este acto de coragem dirigido contra os baluartes da opressão foi a primeira salva da luta armada que alastraria pelo território angolano, conduzida pela determinação de homens e mulheres preparados para superar todas as dificuldades e que, neste momento, já dura há mais tempo do que qualquer luta armada em África.
À esta explosão sucedeu uma repressão brutal. Bombardearam-se aldeias, e aqueles habitantes que conseguiram fugir foram metralhados e atacados com napalm. O número total das vítimas tem sido calculado entre vinte e trinta mil, mas pode muito bem ter sido superior, dado que as autoridades coloniais nunca se preocuparam com manter um recenseamento exacto da população africana. Espalhando o terror, as autoridades fascistas mataram e mataram recorrendo a métodos tão horrendos como o agrupar pessoas e passar-lhes um bulldozer por cima. Nas áreas urbanas, a sua acção tinha por objectivo a liquidação dos africanos instruídos, os ditos assimilados, receando que estes elementos assumissem a direcção das massas.
Algumas fotografias conseguiram chegar à imprensa estrangeira, de entre as quais merece especial referência uma que foi inserta em diversos jornais (por exemplo, no Afrique Action, semanário que se publica em Tunes). Nessa fotografia, um grupo de jovens soldados portugueses sorriam para a câmara, segurando um deles uma estaca em que foi espetada a cabeça de um angolano. O horror transmitido por esta fotografia despertou muitas consciências para os crimes nefandos que se perpetravam em Angola. Foi precisamente por mostrar esta fotografia a alguns amigos em Santiago (Cabo Verde) que Neto foi preso na cidade da Praia e transferido depois para a prisão de Aljube em Lisboa aonde deu entrada em 17 de Outubro de 1961.
Acima de tudo, o MPLA lançou uma implacável campanha em prol da sua libertação, apelando para a solidariedade mundial para com Neto e todos os prisioneiros políticos angolanos.
Sob esta forte pressão, as autoridades fascistas viram-se obrigadas a libertar Neto em 1962, fixando residência em Portugal. Todavia, pouco tempo depois da saída da prisão, a eficaz organização do MPLA pôs em prática um plano de evasão e Neto saiu clandestinamente de Portugal com a mulher e os filhos pequenos, chegando a Léopoldville (Kinshasa), onde o MPLA tinha ao tempo a sua sede exterior, em Julho de 1962. Em Dezembro desse ano, foi eleito presidente do MPLA durante a Conferência Nacional do Movimento.
Agostinho Neto na África de expressão portuguesa é comparável à Léopold Senghor na África de expressão francesa.
Presidente Neto lança-se numa intensa actividade desde 1963, já eleito Presidente do MPLA, quer no interior, quer no exterior do País. Dirigiu pessoalmente as relações diplomáticas do Movimento, podendo assim visitar numerosos países e contactar grandes dirigentes revolucionários que nele reconheceram sempre o guia esclarecido de um povo heróico e generoso, que travava uma guerra justa pela independência nacional, pela Democracia e pelo Progresso Social.
Com a "Revolução dos Cravos" em Portugal e a derrocada do regime fascista de Salazar, continuado por Marcelo Caetano, em 25 de Abril de 1974, o MPLA considerou reunidas as condições mínimas indispensáveis, quer a nível interno, quer a nível externo, para assinar um acordo de cessar-fogo com o Governo Português, o que veio a acontecer em Outubro do mesmo ano.
Presidente Neto regressou à Luanda no dia 4 de Fevereiro de 1975, sendo alvo da mais grandiosa manifestação popular de que há memória em Angola. Dirige, pessoalmente, a partir desse momento toda a acção contra as múltiplas tentativas de impedir a independência de Angola, proclamando a Resistência Popular Generalizada.
E a 11 de Novembro de 1975, após 14 anos de dura luta contra o colonialismo e o imperialismo, o Povo Angolano proclamou pela voz do Presidente Neto a independência Nacional, objectivo pelo qual deram a vida tantos e tão dignos filhos da Pátria Angolana, tendo sido nessa altura investido no cargo de Presidente da República Popular de Angola.
Ao intervir no acto da proclamação da Independência, o Presidente Neto sintetizou claramente quais as meta e meios para as materializar, definindo como objectivo estratégico a construção de uma nova sociedade sem exploradores nem explorados.
O Processo de Reconstrução Nacional nos domínios político, económico e social com vista à melhoria das condições de vida de todo o Povo Angolano, a concretização das suas aspirações mais legitimas, tornou-se então a preocupação fundamental da direcção do País, que firmemente aponta como facto decisivo o papel do trabalho de todo o Povo na criação das bases materiais e técnicas para a construção do Socialismo. Em Dezembro de 1977, funda-se então o Partido de Vanguarda, o MPLA - Partido do Trabalho.
A figura de Neto, como militante total, corajoso revolucionário e estadista eminente não se limita às fronteiras de Angola. Ela projecta-se no contexto africano e mundial, onde a sua prática e o seu exemplo servem de impulso à luta dos Povos que, no Mundo, estão ainda submetidos à humilhação, ao obscurantismo e à exploração.
Assim é que, nas tribunas internacionais a voz de Neto nunca deixou de denunciar as situações de dominação colonial, neocolonial e imperialista, pela Libertação Nacional, a favor da independência total dos Povos, pelo estabelecimento de relações justas entre os países e pela manutenção da paz como elemento indispensável ao desenvolvimento das nações.
Agostinho Neto foi também um esclarecido homem de cultura para quem as manifestações culturais tinham de ser, antes de mais, a expressão viva das aspirações dos oprimidos, armas para a denúncia de situações injustas, instrumento para a reconstrução da nova vida.
A atribuição do Prémio Lótus, em 1970, pela Conferência dos Escritores Afro-Asiáticos e outras distinções atribuídas a algumas das suas obras de poesia, são mais um reconhecimento internacional dos seus méritos neste domínio.
Também na República Popular de Angola, a eleição de Neto como Presidente da União dos Escritores Angolanos cuja proclamação assinou, traduz a justa admiração dos homens de letra do jovem País, pelo seu mais destacado membro, que tão magistralmente encarou a "SAGRADA ESPERANÇA" de todo o povo.
Agostinho Neto morreu no dia 10 de Setembro de 1979.
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AQUI HÁ GATO !



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RONNIE PETTERSON


Ronnie Peterson, o sueco voador, foi o homem-espectáculo da F-1 nos anos 70. Mestre na arte de controlar carros derrapando nas quatro rodas a mais de 200 km/h, Peterson deixou órfãos os fãs dos pilotos ariscos.
Estreou no GP de Mônaco de 1970, na March.
Foi companheiro, amigo e parceiro de Emerson na Lotus, em 1973.
Voltou à March, em 76, vencendo em Monza apesar do carro mais fraco.
Pilotou ainda para a Tyrrell em 77 e voltou para a Lotus em 78.
Mostrando o estilo que o consagrou, voou baixo ao volante do célebre "carro-asa".
Tinha praticamente tudo acertado para ingressar na McLaren quando sofreu um acidente gravíssimo na largada do GP da Itália de 10/9/78.
Morreu no dia seguinte, 10 de Setembro de 1978, num hospital de Milão.
O sueco voador disputou 123 corridas, venceu 10 e marcou 14 pole-positions.

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GUGA


Gustavo Kuerten nascido em 10 de Setembro de 1976 em Florianópolis, Santa Catarina é um tenista profissional do Brasil.
Ele é também conhecido como "Guga" e Guto, um apelido afectivo que é uma abreviação comum do nome "Gustavo" no Brasil.
O começo da vida de Guga é marcado por duas tragédias familiares. A primeira diz respeito a seu irmão caçula, que sofreu de privação prolongada de oxigênio e consequentemente dano cerebral irreversível durante o nascimento e como resultado sofre de retardo mental e deficiência física severa.

Kuerten foi profundamente afectado pela luta diária de seu irmão. Todo ano de sua carreira profissional até aqui, ele tem doado todo o dinheiro dado como prêmio por ganhar um torneio ele dá a uma ONG em sua cidade natal que dá assistência para pessoas que sofrem de deficiências similares.
Em sua própria família, Kuerten dava todos os troféus que ele ganhava para seu irmão caçula como uma lembrança (incluindo as três réplicas em miniatura do troféu de Roland Garros).
A segunda tragédia diz respeito ao pai de Kuerten, que é um ex-jogador amador de tênis e no final de sua vida, um juiz de cadeira.

Em 1985, quando Kuerten tinha apenas 8 anos de idade, ele morreu de um ataque cardíaco enquanto arbitrava uma partida entre juniores em Florianópolis.
Kuerten começou a jogar tênis quando tinha seis anos de idade, e conheceu Larri Passos, seu técnico pelos próximos 15 anos, quando ele tinha 14 anos de idade.

Passos convenceu Kuerten e sua família que ele tinha talento suficiente para viver do tênis, e os dois começaram a viajar mundo afora para participar de torneios Junior.
Kuerten tornou-se profissional em 1995.


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IMAGEM DO DIA


exames
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SISSI


Elisabeth Amalie Eugene von Wittelsbach, nasceu no dia 24 de Dezembro de 1837 e era filha do Duque Maximilian e da Duquesa Ludovika, filha do Imperador Maximilian da Baviera.
A irmã da Duquesa Ludovika, Duquesa Sophia von Wittelsbach, era casada com o Arquiduque Franz Karl von Habsburg-Lothringen.
Seu filho Franz Joseph era o jovem Imperador da Austria. A irmã de Sissi, Helene de 18 anos, viajou para Bad Ischl para ser apresentada formalmente ao Imperador como sua noiva, em um casamento arranjado.
Helene ou Nene como era conhecida, viajou acompanhada de sua mãe e da sua irmã Sissi, com 15 anos na época.
Durante a apresentação, um facto inusitado aconteceu.
Ao ver Sissi, o Imperador Franz Joseph ficou de imediato apaixonado por ela e sem hesitar, anunciou o seu casamento com Sissi e não com Helene.
No dia 24 de Abril de 1854 Sissi aos 16 anos casou-se com Franz Joseph, tornando-se a Imperatriz Elisabeth da Austria. Este casamento foi o maior acontecimento social do século.
As festas duraram uma semana e até hoje o baile do seu casamento é rememorado através do Baile das Debutantes, onde mocinhas de 15 anos, vestidas como princesas dançam ao som das mesmas valsas vienenses que foram tocados no baile da Sissi.
Sissi é assassinada no dia 10 de Setembro de 1898.
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TUNNING



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NICOLAU TOLENTINO


Poeta satírico português, natural de Lisboa. Estudou direito em Coimbra durante vários anos e, em 1767, tornou-se professor de retórica e de poética. Em 1780, ocupou um cargo de funcionário da secretaria de estado dos Negócios do Reino.
A obra de Tolentino de Almeida abarca sonetos, odes, memoriais e sátiras, entre outros géneros; apenas em 1801 o poeta reuniu os seus textos em volume, com o nome de Obras Poéticas. Após a sua morte, surgiram algumas edições mais completas da sua obra, incluindo textos até então inéditos.
A sátira de Tolentino, que o tornou particularmente conhecido e o distinguiu dos poetas seus contemporâneos (não pertenceu, aliás, a nenhum dos grupos literários arcádicos), dirige-se à mesquinhez dos costumes, à pelintrice das aparências, à insensatez de certos grupos sociais e comportamentos, num humor pitoresco e irónico.

O próprio poeta se inclui entre os cúmplices dessa mediocridade, assumindo a sua pequenez resignada — alguns dos seus poemas são homenagens a grandes figuras da época, de cuja protecção e auxílio necessitava. Tolentino apresenta-se como vivendo na miséria, e assume-se, ele próprio, consciente e ironicamente, personagem da comédia humana que caricatura.
Do ponto de vista estilístico, a obra do poeta caracteriza-se pela sua simplicidade, longe da grandiloquência e das métricas próprias dos poetas neoclássicos.

O seu verso aproxima-se das formas populares, e o seu tom da coloquialidade, o que contribui para os efeitos de denúncia de vícios corriqueiros, de episódios quotidianos.
É considerado por muitos um dos grandes vultos literários do século XVIII português e um dos maiores satíricos nacionais.

Tolentino nasceu no dia 10 de Setembro de 1740.
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ANÚNCIOS ANTIGOS



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sexta-feira, setembro 09, 2005

 

CONTOS DA MONTANHA



Homens de Vilarinho
Foi um grande acontecimento em Vilarinho, quando na Senhora da Agonia, à missa, o padre João leu os nomes dos mordomos da próxima festa. É que, à cabeça do rol, vinha o Firmo, e todos esperavam tudo menos isso.
— O Firmo?! — não se conteve, no silêncio da igreja, o António Puga.
— Psiu!... — sibilou, dos lados da pia benta, o sacristão, que andava às esmolas.
E o caso só à saída foi comentado como merecia.
— O Firmo?! Mas então o Firmo, daqui a um ano... — e o Puga nem era capaz de levar o raciocínio ao fim.
— Fica. Desta vez fica... — garantiu a Margarida, que bebia do fino. — O padre João tantas lhe disse...
A assistência ouvia maravilhada. O Firmo de pedra e cal em Vilarinho! O mundo sempre dá muita volta!
A notícia tinha realmente que se lhe dissesse. Há muito anos já que o Firmo desorientava Vilarinho. Desde que viera de Amarante, da artilharia, e embarcara, nunca mais a seu respeito se soube a quantas se andava. Nem a própria mulher. Quando lhe perguntavam pelo homem, o que fazia, se voltava, se gozava saúde, respondia, já resignada
— O meu Firmo?! Eu sei lá do meu Firmo!
No Brasil, na América, na Argentina, os que o conheciam estavam na mesma. Sempre a variar de terra, sempre, a mudar de emprego, e às duas por três a oferecer os préstimos para Portugal.
— Oh! oh!
— São meia dúzia de dias. Daqui a nada, estou cá. É só o tempo de o navio chegar, esperar que eu faça um filho à patroa, e levantar ferro...
Dito e feito. Daí a pouco regressava com a mesma cara. De tal maneira, que já todos se riam. Dera em droga, não havia que ver. Só mesmo o padre João, cabeçudo, é que podia ter ainda fé naquele valdevinos, e continuar junto dele o sermão deixado a meio da última vez. O padre era o pároco de Vilarinho. E sempre que Firmo vinha à terra e acordava da primeira noite dormida com a mulher, lá estava ele à entrada da porta com a sua batina rota e o seu cachaço de cavador.
— Dás licença, Firmo?
— Faça favor de entrar, senhor padre João.
— Então tu não terás mais juízo, homem de Deus?! Tu não verás que tens aqui um rebanho de filhos?!
Firmo baixava a cabeça diante daquela voz amiga e repreensiva. Nem se defendia. Aceitava cada censura como o golpe dum látego purificador. Mas passados dias, quando a Silvana começava a pedir azeitonas às vizinhas, ia dizendo
— És tu com desejos de azeitonas e eu com desejos de mundo...
— Ah! Firmo, que sorte a minha!
Valia de bem o gemido da infeliz! Quanto mais chorava, mais ele se enfrenisava na partida. Empenhava uma terra, vendia-lhe o cordão se preciso fosse, recorria em último caso ao próprio padre João, mas abalava.
— Grandes terras, ti Guilhermino!
— Não há dúvida, Firmo... Não há dúvida... Os lucros que tens tirado delas é que são fracos... — respondia melancolicamente o velho, quando o Firmo, a caminho do comboio, enchia a boca com a Califórnia.
— Não tem calhado... Que ele também para que é que o dinheiro presta?!
— Homessa!
— É o que lhe digo. Desde que uma pessoa coma e beba...
— E a mulher e os filhos?
— A mulher e os filhos cá vão vivendo...
E Vilarinho desanimava.
— Coisa assim, como ele se pôs! E ainda se fosse de gente doutra condição, vá lá com mil demónios! Agora quem lhe conheceu o pai, como eu, um homem sério, zelador do que lhe pertencia, amigo da família, sempre agarrado à enxada... Que ele não é mau. Mas fazer-se um tragamundos daquela maneira! — gemia o abade, quando a Silvana lhe ia pagar a côngrua. — Acredita que tenho uma paixão, que nem fazes ideia!
O padre era a própria seiva de Vilarinho. Tão agarrado à terra que costumava dizer aos colegas
— Eu, fora cá da minha freguesia, nem latim sei.
Os outros riam-se e davam-lhe palmadinhas intencionais no costado largo.
— Ora, ora, padre João! Esquece-se do latim, mas lembra-se do português. Que o diga quem pode...
Aludiam risonhamente à conversa que tivera na Vila com o novo bispo, quando foi chamado à pedra. O prelado, muito severo, com ar de quem ia salvar o mundo, depois de lhe estender o anel e de lhe indicar uma cadeira, pôs-se para ali a alanzoar. Que o incomodara para tratar com ele dum caso grave de consciência e de disciplina. Que sabia que Sua Reverência vivia amancebado e tinha prole. Que tomara conta da diocese há pouco tempo e que não desejava iniciar a pastoreação com actos de violência. Mas que, por outro lado, não podia consentir desmandos a nenhum membro do reverendíssimo clero. Por conseguinte, ou abandonava Sua Reverência o concubinato ou se via obrigado a aplicar-lhe os castigos disciplinares.
O réu não esteve com meias medidas.
— Olhe, senhor Bispo, cá por cima são estes usos. Padre sim, padre não, faz o mesmo. Tenha a certeza. O que são é mais finos do que eu. Às fêmeas chamam-lhes criadas; e aos filhos, afilhados. Ora eu cá sou pão pão, queijo queijo. Não nego. Para quê? A mulher é minha, nunca foi doutro, gosto dela e não a largo; os filhos tenho já cinco, quero criá-los e ver se lhes deixo alguma coisa. De maneira que faça o senhor Bispo o que entender.
A resposta ficou célebre. E os colegas, sempre que vinha a propósito, davam-lhe o beliscão.
Ria-se com o seu riso aberto. E, acabada a missa cantada, o ofício ou lá o que era, trepava para o lombo da mula, cheio de saudades das suas leiras e das almas irmãs que governava.
Destas, só uma lhe fazia cabelos brancos: o Firmo. O diabo saíra ave de arribação. E para quem como ele mergulhava as raízes no chão de Vilarinho, uma realidade assim era um sofrimento.
— Homem, mas tu, afinal, quando te resolves a ser um pai de família e a ter vergonha na cara? — acabou por perguntar ao Firmo, já sem mais paciência.
— Há-de ser um dia. Prometo-lhe que há-de ser um dia!
E quando pela sexta vez o padre o acordou do sono com a mulher, na véspera da Senhora da Agonia, o Firmo sossegou-lhe o coração.
— É desta feita. Na Quaresma conte com mais um pecador para a desobriga. Agora tem-me o resto da vida, caseiro como uma galinha...
Padre João sentiu que um grande peso lhe saía dos ombros. Até que enfim!
— Dás-me a tua palavra?
— Estou-lhe afalar a sério, pode crer! Hei-de fazer tudo para isso. Já iam sendo horas...
A promessa tinha uma solidez de testamento. Contudo, pelo sim, pelo não, no dia seguinte, à missa, o padre resolveu amarrar o valdevinos à argola, pondo-o, com grande espanto de Vilarinho, no princípio da lista dos mordomos da festa do ano que vinha.
— Será que ele desta vez fica mesmo? — insistia o Puga na venda do Trauliteiro.
— Parece que sim. O padre João lá o convenceu...
— Custa-me a acreditar.
— Não tem que ver: está ou não está mudado? Cava ou não cava o dia inteiro, como nós ?
— Realmente...
E até os mais renitentes foram cedendo terreno. A própria mulher, que nos primeiros dias andava abismada com aquela resolução, enchia agora os olhos de paz ao vê-lo a tratar do estrume para as próximas sementeiras, e de tempos a tempos a lembrar que era preciso não esquecer de tirar a esmola para a festa, e que a respeito de arraial a coisa havia de ser falada.
O padre, esse, andava de coração em aleluia. A terra de lameiro de que era feito, grossa, funda, quente, só compreendia as pessoas plantadas ali. Por isso, desde que Firmo parecia aclimatado a Vilarinho, até a vida lhe sabia melhor.
— Com que então desta vez sempre ficas por cá?! — foi perguntando o Puga, pela mansa, quando encontrou o Firmo a jeito.
— É como dizes. O bom filho à casa torna...
E Vilarinho assentou de vez que o réprobo, afinal, ganhara juízo, tomara nas mãos macias as rédeas duras da casa e dera ao demo o que é do demo — o mundo.
Nos Reis, para aumentar a receita destinada à romaria, fez-se um peditório. E o Firmo, que tocava violão, puxou ali pelas seis cordas como um valente.
— Ora vê lá tu se não é melhor a vida que agora levas do que andar como um maltês por lá! — dizia-lhe o padre João, como a varrer-lhe do pensamento qualquer resto de maluquice.
— Na verdade...
— Não há que ver: onde encontras tu terras como esta? Bom pão, bom vinho, bons ares, e em nossa casa, ao pé da mulher e dos filhos!
O mundo dera a Firmo luzes para além das fragas nativas. Por isso tinha olhos para ver o padre em plena grandeza. Um castanheiro. Tal e qual um castanheiro, redondo, maciço, frondoso. De tal modo fincado onde nascera, que não havia forças que o fizessem mudar. Só a morte. Ele, Firmo, filho de cavadores, cavador até aos vinte, que se casara, que não tinha estudos, — sem nenhum apego à terra, incapaz de se deixar penetrar da verdade dos tojos e das leiras; e aquele homem letrado, que recebera ordens, que prometera dar-se todo a quem proclamara que o seu reino não era deste mundo, — ali com mulher e filhos, cheio do amor deles, agarrado às verças como os juncos às nascentes! As razões que apresentava eram sempre as mesmas. Tantas vezes as ouvira que já nem lhes ligava sentido. Mas agora as palavras de ontem, de antes de ontem, de há vinte anos, embora igualmente incapazes de o vencer — pois sabia que não o movera nenhum dos argumentos invocados —, entravam-lhe pelos ouvidos dentro com outra significação. Mandavam-no curvar-se de pura admiração diante de uma vida sem fendas, inteira como um rochedo. Que bicho! Nem o próprio bispo pudera com ele. Metera a viola no saco e deixara correr. O bloco de pedra talvez estivesse errado em sítios onde já não tivesse valor o tamanho do natural. Em Vilarinho, metia respeito.
— É assim. Eu vou à Vila, ando por lá a dar as voltas precisas, e às duas por três tenho fome. Entro na Gaitas e como uma malga de tripas. Pois acredita que nem as tripas me sabem. Há lá nada como a nossa casa!
— São feitios, senhor padre João... — tentou, em todo o caso, o Firmo. — A vida...
— Quais feitios, qual vida!
Firmo calou-se. O amor daquele homem à terra era tão absoluto como o seu próprio amor à vastidão do mundo. Para quê discutir?
— E de festa, que tal vamos? Vê lá isso! Não me deixes ficar mal...
— Está justa a música velha de Constantim, encomendámos o fogo em Cabeda e os saiais são de Sabrosa. Pregador, o senhor padre João dirá...
Nem parecia o mesmo. Como um homem se modificava! Lá diz o ditado: Infeliz pássaro que nasce em ruim ninho. Tanto monta correr, como saltar: as asas puxam-no sempre para onde aprendeu a voar. Pusessem os olhos naquele exemplo.
Mas na véspera da Senhora da Agonia, roído não se sabe por que melancólica inquietação, Firmo, que lutara como um herói durante um ano para se agüentar ali, bateu à porta da residência.
— Dá licença, senhor padre João?
— Entra, Firmo. Alguma novidade?
— Nada de importância...
No rosto largo do abade o sangue correu mais tinto e mais alegre.
— Bem. Isso é que eu gosto de ouvir.
Sem palavras para desiludir aquela confiança, peado, o desertor começou a gaguejar:
— Pois é verdade... Afinal...
O padre, então, olhou-o com a sua penetração profissional de confessor
— Desembucha!
E Firmo escancarou-lhe a alma
— Não posso mais, senhor padre João. Embarco amanhã e venho dizer-lhe adeus.

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ANÚNCIOS ANTIGOS



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HUGH GRANT


George Hugh Grant nasceu no dia 9 de Setembro de 1960 em Londres, Inglaterra.
A bordo de uma caudalosa incontinência verbal, que o fazia disparar regulares inconfidências e bem-humoradas frases de efeito, Hugh Grant nunca foi exatamente a mais completa tradução de bom comportamento.

Quem prestasse atenção na sua trajectória não teria dificuldade em perceber que se tratava de um rapaz simpático - mas muito levado da breca.
Não foi ele que nos tempos de colégio andou espalhando aos quatro ventos que tinha o pênis pequeno, ou se passava por gay para seduzir as menininhas?
Ou que, já actor famoso, disse numa entrevista que sua libido variava muito e "em determinadas épocas me sinto um eunuco e em outras me sinto um estuprador"
Nasceu em Londres e estudou na Oxford University, onde formou um grupo de teatro de revista, The Jockeys of Norfolk.
Lindo e charmoso, com a voz suave e um sorriso cativante, Grant trabalhou em publicidade além de sua actuação no teatro com o grupo 'The Jockeys of Norfolk', antes da sua carreira começar a fazer sucesso.
Estreou no cinema em "Privileged" (1982) e passou quase despercebido por uma série de papéis secundários. Ele retornou as filmagens com um papel em "Maurice", como Clive Durham.
Em 1988 ele fez "O Despertar de Uma Realidade" com Anthony Hopkins e representou Lord Byron em "A Verdadeira História de Frankenstein", o único filme feito com sua namorada de muitos anos Elizabeth Hurley.
Ele também fez o papel do legendário compositor Frederic Chopin em "George & Frederic" (1991) e depois actuou no filme "Lua de Fel" (1992).
Também representou em "Vestígio do Dia" (1993) junto com Anthony Hopkins e Emma Thompson, antes de actuar no impressionante papel de um reverendo britânico que desaprova o estilo de vida de um artista australiano e suas modelos completamente nuas, na comédia "Sereias" (1994).
Com o surpreendente sucesso de "Quatro Casamentos e Um Funeral", Grant começou a conhecer a fama, actuando no papel do charmoso Charles, o oposto de um herói, sem sorte no amor, que encontra a sua cara metade em Carrie, uma distante mas amorosa americana (Andie MacDowell).
Sua excelente actuação no filme de Mike Newell encantou tanto a audiência quanto os críticos.Saindo um pouco do sucesso veio a sua prisão em junho de 1995 precedendo o lançamento do filme "Nove Meses", Grant estava estreando nos filmes americanos, quando foi apanhado dentro de um carro com uma prostituta num estacionamento perto do Los Angeles' Sunset Strip.
Grant saiu praticamente ileso, e recebeu muito mais ofertas de filmes após o escândalo; ganhou a muitos com o pedido de desculpa feito publicamente à sua namorada e também à sua família, demonstrando muita coragem, no programa de TV "The Tonight Show".
Moderadamente cruel e desproporcionado, "Nove Meses" se beneficiou nas bilheterias devido a publicidade gerada em torno do actor, mas o escândalo não abafou a crítica, a qual achou o filme formulado e sem inspiração.
Melhor foi a sua actuação na comédia lançada um pouco antes da sua prisão, "O Inglês Que Subiu a Colina e Desceu a Montanha", e fez o papel de um pesquisador, que notificou a vila que a sua montanha não passava de uma colina, causando um reboliço na vila, que decidiu aumentar a montanha para ser remedida.
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MICHAEL KEATON


Faz tão bem drama quanto comédia. Michael Keaton era um daqueles actores que os críticos diziam que não se daria bem, mas deu o contrário. Enquanto trabalhava em caminhões que vendiam sorvetes pela cidade, fazia bicos em bares como comediante.
Antes de entrar no meio artístico, foi cameraman, numa das maiores emissoras dos Estados Unidos, a PBS.
Quando foi para Los Angeles, para tentar conseguir um emprego no meio, foi tido como parente de uma atriz famosa, Diane Keaton, sem o ser.

Durante algum tempo, escreveu roteiros para diversas séries de televisão, até co-estrelar com Jim Belushi uma comédia para a TV, Working Stiffs (1979).
Acabou fazendo alguns filmes não tão bons, conseguindo uma chance em Beetlejuice, um de seus filmes mais populares.
Keaton fez diversas comédias, até ser escolhido como o Batman, trabalhou nos dois primeiros filmes da série e abandonou o papel.
Nasceu no dia 9 de Setembro de 1951 em Coraopolis, Pensylvânia, nos Estados Unidos.
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LEON TOLSTÓI


Lev Nikoláievich Tolstói nasceu em 9 de setembro de 1828, na província de Tula, a leste de Moscovo. Filho de uma família aristocrata, perdeu a mãe aos dois anos e o pai aos nove, sendo criado por parentes até 1844, quando ingressou na Universidade de Kazan.Insatisfeito com o ensino da Universidade retorna à sua cidade natal em 1847 sem concluir a graduação, decidido a administrar sua propriedade e a conduzir sua própria educação. Depois de uma frustrada tentativa de melhorar as condições de vida de seus servos, enfrentando a oposição da família, se entrega ao convívio com a alta sociedade de Moscou, arruinando-se com jogo e mulheres.
Em 1851, junta-se ao irmão e alista-se no Exército, servindo na Guerra do Cáucaso e da Criméia, como tenente. A experiência nos combates provoca-lhe um grande choque, motivo pelo qual Tolstoi adere ao pacifismo. Entre 1852 e 1856 escreve três obras autobiográficas – Meninice (1852), Adolescência (1854) e Juventude (1856) - nas quais retrata, sem retórica pesada ou sentimentalismo barato, lembranças e problemas psicológicos que costumam ser comuns a maioria dos jovens.
Em Contos de Sebastopol (1856) reúne três histórias baseadas na Guerra da Criméia, onde expõe a realidade cruel da guerra e desqualifica o suposto heroísmo dos comandantes militares contrastando-os com a valentia dos soldados rasos. Depois de passar três anos viajando pela Alemanha, França, Suíça e Itália, retorna à Rússia em 1861, casa-se com Sofia Bers, vinda de uma culta e abastada família de Moscou, dezessete anos mais nova que ele.
Recolheu-se com a mulher à sua propriedade, onde empreende obras assistenciais e funda escolas para seus servos, aplicando métodos educativos extremamente avançados para sua época. Durante um período de 15 anos, experimenta a prosperidade na administração de sua propriedade, tem 13 filhos com sua esposa e escreve suas duas principais novelas, Guerra e Paz (1869) e Ana Karenina (1877).
Guerra e Paz é uma obra monumental, onde Tolstoi descreve mais de 500 personagens diferentes, perfeitamente definidas por descrições físicas e profundas análises psicológicas, retratando a época da invasão napoleônica de 1812, descrevendo as principais personagens históricas através da história de cinco famílias aristocráticas.
Em Ana Karerina, considerada umas das principais novelas psicológicas da literatura moderna, emprega os mesmos métodos realistas de suas primeiras obras, porém apresenta, além de um amadurecimento artístico maior, uma o início de uma tendência pessimista: a personagem principal não consegue resolver seus conflitos internos.Cada vez mais atormentado por crises existenciais, em 1880 se convence de que uma força inerente ao homem o permitia discernir entre o Bem e o Mal, principio este que passaria a nortear sua vida.
Cada vez mais atormentado pelas contradições provocadas pelo desenvolvimento de seus critérios morais e pelo conflito com sua mulher, que não admitia de desfazer de suas posses, Tolstói decide, aos 82 anos, fugir de sua casa durante a noite, acompanhado de seu médico e sua filha mais nova.
Contudo, morre vítima de uma pneumonia dois dias depois, em 20 de novembro de 1910, na estação ferroviária de Astapovo.
É considerado um dos grandes escritores da literatura russa do século XIX, com uma grande influência política, principalmente no desenvolvimento do pensamento anarquista, sendo considerado pelos próprios anarquistas, um cristão libertário.
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EM EXIBIÇÃO


Num cinema, perto de si !
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D.DUARTE I


Décimo primeiro rei de Portugal, filho de D. João 1 e de D. Filipa de Lencastre.
O seu curto reinado de cinco anos, orienta-se em três sentidos: um que respeita à política interna, um segundo de expansão marítima e o terceiro que diz respeito à política de guerra em Marrocos.
Em relação ao primeiro ponto, a promulgação da Lei Mental, medida de centralização que se destinava a defender o património da coroa, e a convocação de cortes por cinco vezes no espaço de um lustro (Santarém, 1433 a 1434, Évora, 1435 a 1436 e Leiria, 1438) ilustram bem a linha governativa de D. Duarte, tendo em conta a vontade dos três estados a impondo princípios de centralização sem ferir os interesses senhoriais.
Em relação ao segundo ponto, o reinado de D. Duarte ficou marcado pela passagem do cabo Bojador por Gil Eanes, feito que permitiu uma mais rápida exploração da costa africana.
Mas é em relação ao terceiro ponto que o reinado de D. Duarte melhor se define e se caracteriza. Com o apoio da rainha D. Leonor a dos seus irmãos infantes D. Fernando a D. Henrique e contra a oposição dos outros irmãos infantes D. Pedro a D. João, lança-se na política de conquistas em Marrocos, que se saldou pelo desastre militar de Tânger a pela morte de D. Fernando no cativeiro.
Durante algum tempo quis ver-se em D. Duarte um rei sem vontade própria, manejado por outras vontades. Mas este retrato de um rei abúlico não resiste a uma crítica mais profunda. Os itinerários da corte, as expedições para além do Bojador, a intensa actividade diplomática, a convocação de cinco cortes e a promulgação de várias leis não permitem considerá-lo um monarca inactivo. Em conjunto o seu reinado não apresenta grandes sombras e a sua morte prematura veio acentuar os dissídios da família real, abrindo o período de incerteza que termina no conflito de Alfarrobeira.

D.Fernando morreu em Tomar no dia 9 de Setembro de 1438

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MAO TSÉ TUNG


Mao Tsé-Tung, nasceu em 26 de dezembro de 1883 na província de Hunan, no sul da China. Seu pai era um agricultor rico e severo que o forçava a trabalhar na terra, atrapalhando seus estudos.
Em 1911 alistou-se no Exército Republicano para lutar na Revolução Burguesa, que destronou o último imperador, Pinyin Pu-Yi. Essa revolução foi liderada por Sunt Yat-Sen, do Partido Nacional Republicano (Kuomintang).
Anos depois ele também participou de protestos contra o Tratado de Versalhes, que tinha garantido interesses do Japão no território da China.

Nessa época Mao teve seus primeiros contactos com a teoria marxista. Em 1 de julho de 1921 foi fundado o Partido Comunista Chinês.
Mao, uma das 50 pessoas que estava na cerimônia, previu o futuro da organização: "Uma pequena centelha que incendiará o país".
A China estava praticamente dividida: o Sul, governado por Sunt-Yat-Sin, e o Norte, por um grupo de latifundiários e militares apoiados pelas potências ocidentais. Seguindo orientação de Moscou, o PCC se aliou aos nacionalistas. Com a morte de Sunt Yat-Sen, em 1925, Chiang Kai-Shek tornou-se líder do Kuomintang e passou a perseguir os comunistas.
Em 1929 Mao e seus seguidores se refugiaram em Kiangsim. Cinco anos depois as tropas de Chiang isolaram os comunistas. Mao conseguiu furar o bloqueio e se dirigiu para o Norte no que passou à História como a Grande Marcha.
Comandando 100 mil homens (30 mil soldados, 20 mil dos quais feridos, e 70 mil camponeses) percorreu 9.650 km em condições duríssimas, de 16 de outubro de 1934 a 20 de outubro de 1935. Quando se estabeleceu na região de Shensi, no extremo norte do país, a grande maioria dos integrantes da fuga, incluindo o irmão de Mao, Tsé-Tan, tinha morrido.
Mas a Grande Marcha o consagraria como principal líder da revolução chinesa. Em 1932, os japoneses estabeleceram na Mandchúria, uma das regiões mais ricas da China, um Estado associado ao Japão, governado pelo imperador deposto, Pu-Yi, e em 1937 invadiram outras províncias chinesas.
Com a guerra sino-japonesa, Chiang se aliou ao Exército Vermelho de Mao, que começou a receber ajuda das potências ocidentais para combater os japoneses. Porém, terminada a guerra, em 1945, comunistas e nacionalistas voltaram a enfrentar-se.
Mesmo com o apoio dos Estados Unidos ao Kuomintang e sem a ajuda da União Soviética, as tropas de Mao dominaram a China, forçando os nacionalistas a refugiarem-se na Formosa (Taiwan) A China dividiu-se entre duas lideranças distintas -- a República Popular comandada por Mao e a República Nacionalista de Chiang Kai-Shek.
"Nunca mais nosso povo será humilhado e ofendido. Que os reacionários tremam diante de nós, estamos de pé. O vento que sopra do Oriente é vermelho", afirmou Mao ao assumir o governo da China em 1º de outubro de 1949.
A missão gigantesca de Mao, modernizar um país quase que totalmente de agricultores, encontrou muitos desafios e provocou insatisfação popular e nas Forças Armadas. Chefiando um grupo guerrilheiro, MaoTsé-Tung combateu imperialistas, burgueses, japoneses e nacionalistas até se tornar o Grande Timoneiro da China em 1949. Ele explicava sua estratégia:
"A revolução chinesa será feita com longas e complicadas guerrilhas de gente do campo estabelecendo posteriormente áreas liberadas que se tornarão cada vez mais extensas". E assim o país se tornou comunista.
Em 9 de setembro de 1976, Mao Tsé-Tung morreu, aos 82 anos.

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DA VINCI


O homem, o velho e o burro.
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TOULOUSE LAUTREC


Henri deToulouse-Lautrec nasceu no ano de 1864 e faleceu no dia 9 de Setembro de 1901.
Pintor e litógrafo francês que retratou a vida noturna parisiense. De antiga família aristocrática, transferiu-se, em 1881, para Paris, e montou um atelier no bairro de Montmartre.
Aí conheceu artistas de cabaré e prostitutas, que lhe serviram de modelo. Embora tenha levado uma vida desregrada, produziu grande número de pinturas, desenhos e litografias. Influenciado no início por Degas e pela gravura japonesa, adquiriu depois personalidade artística própria, marcada pelo expressionismo psicológico.
Além disso, revolucionou a concepção do cartaz.
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POETA MAL ARRIMADO



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A INDEPENDÊNCIA DA COREIA


História recente da Coréia foi marcada pelo domínio estrangeiro, primeiro e durante séculos da China e mais recentemente do Japão, num período de expansão neocolonialista, como parte de um processo que pretendia transformar o Japão na principal potência oriental.
O desenvolvimento capitalista do Japão iniciou-se com a "Revolução Meiji", a partir de 1868, que levaria o país à modernização industrial segundo o modelo ocidental, preservando aspectos da cultura nacional. Não só o modelo industrial foi adotado, mas também a política expansionista e imperialista: interveio numa rebelião na Coréia em 1895, levando-o a uma guerra com a China. A vitória japonesa garantiu a independência da Coréia, no dia 9 de Setembro de 1948, que ficou sob influencia do Japão, sendo anexada em 1910.
A dominação da Coréia pelos japoneses foi caracterizada por grande violência, não apenas militar,mas cultural, quando o ensino da língua coreana nas escolas foi substituído pelo ensino do japonês, a sociedade e os costumes modificaram-se profundamente, a industria e a economia integraram-se por completo no sistema de produção japonês e verificou-se um acelerado processo de expansão.A principal reação nacionalista ocorreu em 1° de março de 1919, com a manifestação de milhares de coreanos, que foram violentamente reprimidos pelo governo japonês, quando mais de 20.000 pessoas morreram e cerca de 50.000 foram presas. Em Xangai, formou-se um governo coreano no exílio.
Durante a Segunda Guerra Mundial os coreanos lutaram ao lado das tropas chinesas contra o Japão e isso fez com que os aliados aprovassem e apoiassem a Independência da Coréia, a partir de uma resolução firmada na Conferencia do Cairo em 1943. No período final da Guerra, as duas conferencias mais importantes, em Yalta e Potsdan definiram a divisão da Coréia pelo paralelo 38, em duas zonas de influência: Sob o norte influência soviética e sob o sul a norte-americana. Percebe-se também na Coréia o início da "Guerra Fria".O final da década de 40 foi marcado pelo aumento da tensões internacionais com o Bloqueio de Berlim, a explosão da primeira bomba atômica soviética (1949) e com a Revolução Chinesa. Os EUA ocuparam o Japão e definiam o ritmo e as características de sua reorganização.
Terminada a Segunda Guerra Mundial a Coréia foi ocupada por tropas estrangeiras, segundo o acordo de Potsdan: os soviéticos acima do paralelo 38 e os norte americanos abaixo. O pretexto era garantir a liberdade da Coréia, eliminando-se por completo a presença japonesa. No entanto essa divisão e a ocupação militar refletia o início da Guerra Fria, ou seja, o início da disputa imperialista entre as duas superpotências".
Ao ocupar a região norte, os soviéticos pretendiam expandir seu modelo sócioeconômico e político, enquanto que os EUA pretendiam consolidar sua influência em regiões consideradas estratégicas no extremo oriente. Já era possível prever que a unificação não ocorreria, os interesses das potências separaria os coreanos.Em 1947, formaram-se dois governos, sendo que apenas o do sul foi reconhecido pela O.N.U. No ano seguinte constituíram-se dois Estados autônomos: A República Popular Democrática da Coréia ( ao norte com o sistema comunista) e a República da Coréia ( ao sul, com o sistema capitalista).
Em 1949, a maior parte das tropas estrangeiras retirou-se do país.
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APRENDENDO A VIVER



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PANELEIRICES



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quinta-feira, setembro 08, 2005

 

VALE TUDO



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CONTOS DA MONTANHA - O LADRÃO


Foi numa noite medonha, cheia de água e gelada, que o Faustino assaltou a Senhora da Saúde. Há tempos já que a idéia desse roubo o obcecava, mas a mulher e o demônio duma hesitação imbecil tinham-no afastado disso. Ainda bem que o destino acabara por dispor as coisas de maneira a que ele pudesse finalmente realizar o sonho. Punha-se a deitar contas à vida, às casas da povoação onde lhe fosse possível arranjar meia dúzia de vinténs para matar a fome naquela grande invernia, e nada, a não ser a Senhora da Saúde. Mas é que nada! Abaças era uma terra pobre. Dinheiro, do contado, só o Albertino. Infelizmente, ao Albertino, tudo menos mexer-lhe num gravelho. Forte e valente como um toiro, ainda por cima dormia de caçadeira encostada ao travesseiro. É claro que havia o recurso de alargar os olhos pelas aldeias vizinhas. Somente: além de o temporal tolher os passos ao mais honrado, como o ano ia de fome, todos viviam de olho aberto e de porta trancada. De resto, não se sentia já com forças para repetir a façanha de Freixoedo. Cinco costelas partidas são muitas costelas. Sem contar – e aqui é que a porca torcia o rabo –com o aviso solene do juiz: – Dou-lhe apenas quatro meses, atendendo a que já foi bem convidado e que é esta a primeira vez que aqui me aparece. Mas não volte! De contrário, perca o amor à liberdade.
Ora, uma coisa é passar uns dias na cadeia de Alijó e outra ver-se um homem metido numa penitenciária a vida inteira.
Apertada por tal arrocho, a imaginação do Faustino sucumbia. Até que, ressuscitada por aquele buraco no estômago que nenhum aguaceiro enchia, começou de novo a namorar a Senhora da Saúde, rica e desamparada na serra. Nem juiz, nem testemunhas, nem o delegado a berrar... Nada. Decididamente, o grande tiro era ali!
Naquela noite, depois dum caldo que nem a cães, e de todas as demais hipóteses arredadas, a miragem voltou, mas já sem a indecisão das tentações anteriores. Não havia que ver. O sítio não podia ser melhor; à porta, bastava-lhe um empurrão; o resto, quê? Acender uma vela das do altar, forçar a fechadura da caixa das esmolas, encher o bolso, e ala morena.
A mulher, sem migalha de pão na arca e sem pinga de azeite na almotolia, sabia bem que o remédio habitual daquelas penúrias era ir buscá-lo onde o houvesse. Mas quando o homem, a meia voz, começou a repisar a idéia, desaprovou mais uma vez o projeto sacrílego. A outro lado qualquer, estava de acordo. À Senhora da Saúde, não.
O Faustino nem a ouviu, ocupado como estava no labor de semear a boa semente na terra podre dos últimos escrúpulos. Debruçado sobre as pernas, com os dedos dos pés a espreitar das meias rotas, continuou a aquecer-se aos tições apagados, a chupar a pirisca do cigarro e a enumerar uma por uma as mil vantagens do negócio.
Coisa realmente fácil, sem nenhum perigo, e que trazia a solução do aperto em que estavam. Por ser capela?! Valha-nos Deus! O essencial é que na caixa houvesse algum... Ao menos cem mil reisinhos! Hã?! Pois não teria sequer cem mil réis?!
Interpelava a companheira, que não colaborava já de nenhum modo naquela luta. Embrulhada no xale puído, aninhara-se quase em cima do borralho e fechara os olhos. O Faustino teve de responder às suas próprias perguntas. Cem mil réis, e a contar muito por baixo. Até era ofender a Santa, supô-la com menos capital na arca.
À medida que ia pondo na balança as justificações do seu desejo, o Faustino via oscilar o fiel da decisão e pender para o lado que lhe convinha o prato reluzente da fortuna. Não havia que ver. As coisas eram o que eram. A evidência metia-se pelos olhos dentro.
Por volta da meia noite as derradeiras amarras da consciência acabaram de ceder. Raios partissem as horas que gastara a pensar na morte da bezerra! Há certas alturas em que a gente, em vez de miolos, parece que tem aranhas no toutiço!
Ergueu-se. Do Faustino titubeante, quase a deixar fugir a sorte que tão generosamente lhe sorria, já não restavam sinais. Agora estava de pé um homem magro, baixo, de barba restolhuda e olhos de azougue, vivo, flexível, decidido como uma doninha.
A mulher nem dormia nem velava. Continuava engrunhada no seu canto, distante, como se o frio a tivesse entorpecido ou uma grande dor silenciosa e funda a roesse por dentro.
Ele também lhe não falou. Ladrão agora duplamente culpado diante da desaprovação dela, foi à loja buscar os precisos e desapareceu na escuridão do quinteiro, sombra muda a esgueirar-se na sombra.
O temporal bramia pela aldeia fora. Ouvia-se a nortada a pregar nos braços dos castanheiros e as bátegas a cair nas estrumeiras encharcadas. Um toró de repassar fragas.
Faustino, vencidos cautelosamente os cem metros da quelha em que morava, meteu-se à serra. Apesar de o vento galego o empurrar para trás, para o frio enxuto da casa, caminhava depressa. Uma vez que encontrara forças para tomar a única resolução acertada, era preciso não demorar.
Infelizmente, a Senhora da Saúde não ficava logo ali. Quase no termo de Valongueiras, distava de Abaças uma boa meia hora. Ainda por cima, caminhos maus. Ou lajes com relheiras que lembravam rugas em couro de atanado, ou então saibro ensopado e atoladiço. Trilhos excomungados! Mas desembelinhava as canelas o melhor que podia, e meia hora, que afinal queria dizer meia légua, passa depressa. É questão de um homem ir deitando contas à vida enquanto as pernas passeiam.
Cem mil réis, na pior das hipóteses, estavam-lhe no papo. Só muito azar. Mas não.
A Senhora da Saúde governava-se... Nem havia outra tão agenciadeira nas redondezas...
Na carvalhada da Arcã os pensamentos mudaram-lhe de rumo. A tosca memória erguida pela morte do Joaquim Teodoro, assassinado naquele sítio, chamou-o a uma realidade mais dura. O Joaquim Teodoro, ao cabo, era ladrão também. Não de caminhos nem de igrejas, é certo, mas de roleta, que dá mais e sem nenhum trabalho. Basta lume no olho e dedo. Justamente o forte do Joaquim Teodoro... Que habilidade! Isso então na vermelhinha não havia segundo! O mais pintado entregava-lhe ali o seu e o de quem calhasse. Artes do diabo! Mas o Videira, quando no dia da festa lhe passou para as mãos o último tostão, jurou-lhe que no ano que vinha não vigarizava ele mais ninguém. Dito e feito. E ali estava agora a alma do Joaquim Teodoro pintada a branco no granito, entre línguas de fogo, de mãos erguidas a pedir um padre-nosso!
E se ele, Faustino, tirasse o chapéu e atendesse a imploração ?
Um padre-nosso antes de roubar a Senhora da Saúde, tinha a sua graça !
Apesar de travado por estes pensamentos desconsolados, caminhava depressa. E, à medida que a carvalhada foi ficando para trás, a imagem do Joaquim Teodoro começou a desvanecer-se. Insensivelmente, todo ele ia aderindo à realidade erma e negra que o cercava. Também onde o raio da Santa viera fazer o pouso! Era mesmo desafiar um homem. O pior é se... Mas não. A sorte dele havia de ser tão caipora, que encontrasse a caixa sem um vintém?
A esta íntima interrogação, os olhos responderam-lhe bruscamente que chegara. A dois palmos do nariz viam-se as paredes da ermida a reluzir.
Embora gatuno de profissão, pois que não se podia chamar cesteiro a quem só lá de tempos a tempos fazia um cesto por desfastio, Faustino, mal deu de chofre com a capela, teve um baque no coração. E parou. Nunca assaltara nenhum lugar sagrado. Sempre era roubar a Senhora da Saúde!
Mas a hesitação durou um minuto apenas. Molhado da cabeça aos pés, o próprio organismo é que o impeliu para a frente, para dentro de uma casa com telhado. Não havia tempo a perder de maneira nenhuma. Nem o corpo, nem o espírito lhe podiam consentir uma fraqueza em semelhante ocasião. Para diante é que era o caminho!
Num ímpeto, chegou-se á porta e meteu-lhe o ombro. Pois claro, como tinha previsto... Escancaradinha! Com a respiração suspensa e todo num formigueiro, entrou de rompante no poço de escuridão.
Dentro, o primeiro impulso do seu instinto foi fechar a porta de novo. Mas a razão, chamada a contas, discordou. Homem, pelo sim, pelo não, deixar o trânsito desimpedido!
Riscou um fósforo, de cabelos em pé. Até se desconhecia! Ninguém as calça que as não borre, bem se diz lá!...
Na luz incerta que se fez, pôs-se a olhar febrilmente para todos os lados e a ouvir ao mesmo tempo, de orelha fita, o silêncio pesado da capela. Felizmente, nada. Imóveis e espantados, os santos pareciam surpreendidos, mas não faziam um gesto para defender a moradia. Realmente, todos de pau! Que sossego! Chegava a parecer mentira que uma casa de Deus tivesse de noite um ar tão desgraçado. Nos palheiros, ao menos, havia ratos!
Deu alguns passos. Como o fósforo estava no fim e já lhe aquecia os dedos, riscou outro. Menos inseguro, subiu as escadas do altar de S. José, logo à entrada. E, quase serenamente, acendeu a vela dum castiçal.
A igreja clareou quanto a luz pôde. E, mais iluminada, tornou-se ainda mais simples, mais natural. As imagens já nem sequer o ar atônito de há pouco conservavam; e o resto, francamente, sem nenhum ar divino. Toalhas, bancos, jarras... O trivial. Tanta mortificação inútil!
Voltou-se. A caixa das esmolas estava ao fundo, enterrada na parede que ligava o templo ao cabido. Era do lado de fora, pela fresta cavada na cantaria, que os devotos deixavam cair a boa massinha. Pinga que pinga... Uma mina! Com passos de lã, chegou-se. Caramba, seria que não estivesse a abarrotar?! Pôs a luz no chão e meteu mãos à obra. Se calhar tinha que escaqueirar a tampa à martelada... Mas não é que a fechadura parecia de papelão e cedia ao cinzel sem resistência nenhuma?! Tudo às mil maravilhas... Um mês de tripa forra ninguém lho tirava.
Desgraçadamente, a caixa estava limpa. Ou fora roubada, ou a esvaziara o padre Bento na véspera ou então já não havia fé neste amaldiçoado mundo. Ah! mas ele, Faustino, não se deixava enganar assim. Não. Tivesse a Senhora da Saúde paciência. Lá pouco dele, isso vírgula! Vinha com boas intenções. Obrigavam-no, pronto: ia o que houvesse e passava tudo a patacos.
Pegou de repelão no castiçal e avançou indignado para o altar mor. Não acreditava que no sacrário a miséria fosse também assim.
Era. Os dois SS entrelaçados na portinhola queriam dizer apenas um buraco escuro, vazio, onde os seus dedos resolutos tactearam em vão.
Ladrões! Filhos duma grande... Nem ao menos o cálix! O que vale é que havia ainda a sacristia para revistar. E que não estivessem lá os apetrechos devidos! Ia a casa do abade, que lhe havia de pôr ali o que pertencia à santa... O cálix, a cruz, o turíbulo, tudo. E a bagalhoça, claro. Pouca vergonha!
Investiu pela sacristia dentro. Queria ver quem levava a melhor.
Mas qual o quê! Estava mesmo roubado. Flores desbotadas de papel, tocos de círios, um crucifixo partido... Que cambada!
Desanimado, pegou na luz. Larápios!
À medida que o desespero tomava conta dele, perdia o resto duma precaução que a prudência lhe aconselhara. Falava alto, rogava pragas, caminhava pela capela abaixo com a indignada razão de quem andava na sua própria casa a verificar os danos dum assalto de bandidos! Canalhas!
Até que chegou ao fim da nave. Olhou ainda os altares num relance. Os santos lá continuavam parados como há bocado e a olhá-lo agora a modos de caçoada. Sim senhor, uma linda figura de pedaço de asno que fizera diante deles!
Pôs o castiçal no chão, soprou à vela, puxou a porta e saiu.
O temporal redobrara de fúria. A atravessar o adro, com a desilusão a percorrer-lhe as veias, é que via bem como a escuridão era cerrada e como a chuva lhe trespassava o corpo. Porca de vida! Um homem a fazer por ela, a agüentar no lombo uma noitada daquelas, para ao cabo dar com o nariz no sedeiro!
Na carvalhada da Arcã já os ombros, de entanguidos, se lhe queriam meter pelo pescoço dentro. Filhadinho! A roupa ia-lhe tão colada ao corpo que parecia que era a pele. Cadela de sorte!
Na curva, lá estava outra vez a alma do Joaquim Teodoro a pedir o padre-nosso. Pata que lambesse o Joaquim Teodoro! Padre-nossos, padre-nossos, ia-se a ver e a caixa da Senhora da Saúde sem um vintém! Ah! mas o abade punha-lhe ali a massa e o resto com língua de palmo. Oh, se punha!
Às quatro da madrugada entrou em casa. Como um pintinho! A mulher lá estava ainda no mesmo sítio, calada, triste, longe da vida.
Não lhe falou. A escorrer água, gelado, foi direito à cama, despiu-se e meteu-se entre as mantas a bater os dentes.
Pela manhã ardia em febre. E daí a seis dias, depois de um cáustico lhe abrir no peito uma bica de matéria e de o barbeiro de Parada o ter desenganado, foi preciso chamar o confessor, a ver se ao menos se lhe podia salvar a alma.
Veio então o padre Bento, manso, vermelho, tranqüilizador. Mas o Faustino delirava. E mal o santo homem, de sobrepeliz, lhe entrou pelo quarto dentro, arregalou os olhos, inteiriçou-se no catre, apontou-o à mulher e aos circunstantes, e com a voz toldada da bronco-pneumonia, rouquejou:
– Ladrão! Prendam-no, que é ladrão!
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LA FONTAINE


De uma importante família da província de onde nasceu, La Fontaine entrou no seminário em 1641, mas logo perdeu o interesse pela carreira religiosa, abandonando-a no ano seguinte.
Em 1647 casou-se com uma jovem de catorze anos, separando-se pouco tempo depois. Foi então para Paris, onde iniciou carreira literária, publicando epigramas e baladas.
Em 1654 traduziu o "Eunuco", do escritor latino Terêncio. Depois desse trabalho, sua primeira obra importante foi um livro de "Contos", aparecido em 1664.
Na época formou-se o grupo conhecido como "O Quarteto da Rue du Vieux Colombier",do qual faziam parte La Fontaine, Racine, Boileau e Molière.
Entre 1664 e 1674 terminou quase todos os seus contos e fábulas; além disso publicou o romance "Psiquê", o poema "Saint-Malo", a comédia mitológica "Climene", e ainda sonetos, baladas, odes e traduções de versos latinos.
Candidato à Academia em 1682, teve sua proposta aceita no ano seguinte. Sucedeu naquela instituição ao político e financista Colbert, que sempre fôra seu inimigo.
Para comemorar o ingresso na Academia, La Fontaine apresentou aos amigos o primeiro de seus "Discursos a Madame de La Sablière", obra onde fez uma profunda auto-análise.
Em 1692, bastante doente, decidiu aproximar-se novamente da religião, chegando mesmo a pensar em escrever uma obra sobre a fé.
É dele a frase: Vou-me valer dos animais para educar os homens.
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HUMOR


No Hospital Sobral Cid o mesmo doido planeava fugir do hospício com um parceiro.
Chegou à beira dele e disse:
- Vamos fugir de noite pelo buraco da fechadura!
De noite, os dois saíram de fininho e quando chegaram à porta, um deles diz:
- Porra! Vamos ter de desistir, não vai dar mais para fugir.
- Por quê?
- Esqueceram a chave na fechadura.
- Passemos então ao plano B.
- Qual é o plano B?
- Vamos saltar o portão dos fundos.
Lá chegados...
- Ei! Também não vai dar para saltar o portão!
- Mas porquê?
- Esqueceram-se dele aberto...
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IMAGEM DO DIA



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UNIVERSIDADE DE HARVARD


A Universidade de Harvard, ou simplesmente Harvard, é uma universidade privada americana situada em Cambridge, Massachusetts.
O college de Harvard foi fundado no dia 8 de Setembro de1636 por uma votação da assembleia geral da colónia da baia de Massachusetts-Massachusetts Bay Colony.

Em 1639, foi baptizada de Harvard em homenagem a John Harvard, de Charlestown, um jovem pastor puritano que em 1638 doou sua biblioteca e a metade de seus bens à instituição.
A universidade propriamente dita data de 1780.
Actualmente, Harvard é uma das univesidades americanas mais prestigiadas e faz parte da Ivy League, associação informal que agrupa as oito universidades mais antigas e conhecidade dos Estados Unidos.

Harvard também é a universidade mais rica do mundo, com uma renda de 19,3 bilhões de dólares em 2003.
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ATENÇÃO MULHERES


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Segundo a Universidade de Harvard, vitamina C previne doenças cardíacas em mulheres.
Ingerir sistematicamente vitamina C pode ajudar na prevenção de doenças cardíacas nas mulheres, segundo os pesquisadores da egrégia Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Durante uma década e meia, 85 mil mulheres foram acompanhadas pelos cientistas.

Aquelas que tomavam doses maiores da vitamina C conseguiram uma diminuição de até 27% nas chances de ter doenças cardíacas.
Isso ocorre porquê a vitamina C é o principal antioxidante hidrossolúvel presente no plasma humano, por isso, ela inibe a oxidação do colesterol ruim, o LDL, uma das principais causas de problemas cardíacos.
Pesquisas anteriores já afirmavam que a vitamina C é muito importante para manter uma boa circulação vascular e de acordo com os cientistas, não adianta consumir a vitamina em suas fontes naturais, como frutas e vegetais, é preciso tomar os comprimidos de suplementos, encontrados facilmente em todas as farmácias.
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ANÚNCIOS ANTIGOS



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TRAVESSIA DA AMÉRICA


O sucesso inicial da Union and Central Pacific, como passou a ser chamada, encorajou outros concorrentes. A Atchison and Topeka, que em 1859 recebeu uma concessão em Kansas, pretendia se estender até Santa Fé, e daí ao sul da Califórnia.
Suas ambições chocaram-se primeiro com a Atlantic and Pacific, que detinha uma concessão de Saint Louis ao Pacífico, e em seguida com a presença da Southern Pacific, que, sob a direção do mesmo Stanford, dominava toda a costa oeste.
A concessão da primeira foi adquirida a preço vil, e um acordo com a segunda permitiu à Atchison, Topeka and Santa Fé servir Los Angeles e Oakland.

Mais ao sul, a Southern Pacific, ao preço de resgates de concessões em falência e pressões sobre o Congresso e os Estados, conseguiu ligar Los Angeles a Yuma, El Paso, Houston e Nova Orleans.
Ao norte, entre os Grandes Lagos e Portland, o antigo jornalista Henry Villard, sustentado por doações de terras substancialmente mais generosas que as da Union Pacific, construiu a Northern Pacific através de Dakota e Montana até Portland que concluiu no dia 8 de Setembro de 1883.
Por fim, ao longo da fronteira canadense, James Hill, sem nenhuma subvenção de terras, mas graças a uma programação minuciosa e realista (fazendo vir imigrantes da Europa à medida que avançava a construção, de modo a criar novas vilas), concluiu em 1893 a Great Northern Railroad, entre Saint-Paul e Seattle.
Ao findar o século, cinco linhas transcontinentais ligavam o vale do Mississipi ao oeste, sem contar companhias menos importantes, como a Denver and Rio Grande ou a Bulington, que cobriam espaços mais limitados. Atravessar os EUA, estabelecer-se no oeste ou visitar os parques nacionais não era mais uma aventura.
Os índios haviam tentado, num e noutro ponto, opor-se à invasão de suas terras pelas vias férreas, sem outro resultado a não ser a deportação e o confinamento em reservas.

De fato, a travessia do continente não era mais uma aventura, mas continuava sendo uma grande experiência, lembrada com emoção por todos aqueles que haviam empreendido esse feito.

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REEDMOON



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RICHARD STRAUSS


Richard Strauss nasceu em Munique, Alemanha, no dia 11 de junho de 1864. O pai era um excelente músico, trompista da Ópera de Munique, e deu todos os meios para que o pequeno Richard, que já dava sinais de entusiasmo pela música, desenvolvesse seu talento. Inclusive, apesar de sua antipatia pela música de Wagner, levou o filho, quando este tinha 18 anos, para Bayreuth.
Futuramente, a influência wagneriana, para desgosto do conservador pai, iria ser determinante para a música de Strauss.
Mas Richard ainda estava iniciando sua carreira. Compunha bastante, e suas primeiras obras recebiam boa acolhida, sendo inclusive regidas por importantes maestros, como Hermann Levi e Hans von Bülow.

O último achou o jovem músico tão promissor que o contratou, em 1885, para ser seu assistente em Meiningen.
Aqui, Strauss acabou conhecendo Alexander Ritter, o primeiro-violino da orquestra. Ritter era defensor do que se chamava, na época, de "música do futuro": os poemas sinfônicos de Liszt e o drama musical de Wagner, que tanto tinha impressionado Richard em sua passagem por Bayreuth.

Strauss, através das influências de Bülow e do pai, seguia uma linha mais tradicional, mais ligada à música pura - o que é demonstrado claramente nas primeiras obras, de feição bastante mozartiana até.
Depois da amizade com Ritter, a mudança seria total. O próprio Strauss confessaria mais tarde: "foi Ritter quem fez de mim um músico do futuro".
Foi então que Strauss começou a escrever algumas obras-primas no gênero que o tornaria famoso: o poema sinfônico.

O primeiro foi Aus Italien, composto em 1886. Em seguida a ele viriam Don Juan, de 1888, Morte e transfiguração, de 1889, Till Eulenspiegel, de 1894, Assim falou Zaratustra, de 1895, Dom Quixote, de 1897, e Uma vida de herói, de 1898. Enquanto isso, compunha dezenas de lieder, outro dos gêneros a qual se dedicou.
Mas o sonho oculto de Strauss era o teatro: ele queria escrever uma ópera. A primeira tentativa se deu entre 1887 e 1893 e resultou em Guntram. A segunda foi feita em 1900, quando foi composta Feuersnot.

Hoje, a crítica considera essas duas óperas meros ensaios, um tanto infrutíferos. O golpe de mestre só seria proferido em 1905, com a estréia da ópera Salomé.
Salomé, baseada em uma peça teatral de Oscar Wilde, foi o primeiro grande sucesso operístico de Strauss. Irmã desta seria a ópera Elektra, primeira colaboração com o libretista Hugo von Hofmannsthal, estreada em 1909.
Strauss parecia estar se tornando um "Wagner exasperado", nas palavras de Debussy, quando surpreendeu a todos com O cavaleiro da rosa, mais uma vez com libreto de Hoffmannstahl, estreada em 1911.

A ópera, ambientada na galante Viena do século XVIII, é leve e luminosa: as semelhanças com Mozart seriam mais vezes lembradas pelos críticos. Obra totalmente diversoa em espírito das sombrias, muitas vezes cruentas, Salomé e Elektra. Outra mudança de rumo?
Sim. Em 1916, foi finalizada Ariadne auf Naxos; desta vez a referência não era o rococó, mas o barroco, que estava na moda. O contraste com Salomé não poderia ser maior - enquanto esta requeria uma orquestra gigantesca, com mais de cem músicos, Ariadne auf Naxos pede apenas um conjunto de câmara, de 35 músicos.
Enquanto isso, Strauss construía uma carreira invejável. Após inúmeros anos como director da Ópera Real de Berlim, em 1919 foi nomeado para a direcção da Ópera de Viena, lá permanecendo por cinco anos.

Além de reger e compor, não parava: em 1917, junto com Hoffmannsthal, ajudou a criar o Festival de Salzburgo, ao mesmo tempo em que organizava um sindicato de músicos.
Mas estava numa entressafra composicional. Em 1915 terminou a Sinfonia Alpina, em que voltava ao universo dos poemas sinfônicos, mas combinado a um gênero mais "clássico".

Em 1917, estreou a ópera A mulher sem sombra, que não atingiu o nível das obras anteriores.
O sucesso só viria novamente com a ópera Arabella, finalizada em 1932. O libreto ainda é do fiel Hoffmannsthal, que morreu sem ver a ópera composta. Arabella retoma a linha límpida de O cavaleiro da rosa, e inclusive presta homenagem às valsas de seu xará vienense mais famoso, Johann Strauss Jr.
Por essa época, o nazismo já era o regime na Alemanha, e Richard Strauss acabou se envolvendo, um tanto que ingenuamente, com o sistema.

Aceitou ser o presidente da Câmara de Música do Reich e, apesar de ser demitido por Goebbels (insistiu em colocar o nome de seu libretista Stefan Zweig, um judeu, no cartaz da ópera A mulher silenciosa, que estreou em 1935), não foi mais incomodado pelos nazistas.
Pouco a pouco, Strauss foi se isolando em sua casa de campo em Gramisch. Sua carreira chegava ao fim. Mas ainda viveria mais dez anos, e estes nos dariam mais algumas obras-primas: a "meta-ópera" Capriccio, concertos (para oboé, o segundo para trompa), o poema sinfônico Metamorfoses, as Quatro últimas canções.
Com esta magistral colecção de lieder, Strauss dava adeus à vida.

A última canção termina com uma comovente citação de uma obra de juventude, Morte e transfiguração.
No dia 8 de setembro de 1949, morria Richard Strauss.
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FURACÕES


Os piores furacões que passaram pelos Estados Unidos atingiram a Flórida, Mississippi e Louisiana, assim como o furacão Katrina em sua passagem pelo país nas duas últimas semanas.
O maior número de mortos devido a um furacão foi registrado no dia 8 de Setembro de 1900, quando um fenômeno dessa natureza deixou 8.000 mortos.
O furacão que mais causou prejuízos na história dos EUA foi o Andrew, que deixou prejuízos da ordem de US$ 26,5 bilhões, em 1992.
Veja alguns dos piores piores furacões que passaram pelos EUA:

2005- o furacão Katrina atinge os Estados da Flórida, Louisiana, Mississippi, Alabama e Geórgia, causando centenas de mortes, segundo autoridades locais. Os prejuízos podem ultrapassar os US$ 26 bilhões.
2004 - Nesse ano, o Estado da Flórida foi atingido por quatro furacões entre os meses de agosto e setembro. O primeiro a afectar a região foi o Charley, provocando danos no valor de US$ 15 bilhões, e deixando 25 mortos. Depois, os EUA foram atingidos pelo Frances, que causou prejuízos da ordem de US$ 8,9 bilhões, não houve registo de mortes directamente relacionadas a ele. Poucos dias depois, foi a vez do Ivan passar pela costa leste americana, matando 25 pessoas, e causando danos que custaram US$ 14 bilhões. Por último, o Jeanne também atingiu a Flórida, matando seis pessoas e deixando um rasto de destruição que custou US$ 6 bilhões.
2003 - O Isabel, de categoria 2, deixa 40 mortos no leste dos EUA, e causa prejuízos no valor de US$ 3 bilhões.
1998 - O furacão Bonnie, de categoria 2, causou prejuízos no valor de US$ 720 milhões. Não há nenhuma morte atribuída diretamente ao furacão.
1995 - O furacão Allison atinge o Texas e provoca prejuízos no valor de US$ 5 bilhões. Segundo o Centro Nacional de Furacões, de Miami, o fenómeno não causou mortes directamente relacionadas a ele.
1994 O furacão Alberto passou pelos Estados de Nova York, Flórida, Geórgia e Alabama, deixando 30 mortos. Causou prejuízos da ordem de US$ 500 mil.
1992 - O furacão Andrew atinge a Flórida e a Louisiana, causando um prejuízo de US$ US$ 26,5 bilhões.
1989 - O Hugo passa pela Carolina do Sul, e deixa prejuízos avaliados em US$ 7 bilhões.
1985 - O Gloria, de categoria 3, atinge o leste dos Estados Unidos causando danos no valor de US$ 900 milhões. Não há mortes directamente relacionadas a esse fenómeno.
1972 - O furacão Agnes, de categoria 1, atinge a Flórida deixando 122 mortos e US$ 2 bilhões em prejuízos.
1969 - O Camille, de categoria 5, provoca 256 mortes no Mississippi, Louisiana e Virgínia, e deixa danos avaliados em mais de US$ 1 bilhão.
1957 Audrey, furacão de categoria 4, deixa 390 mortos na Louisiana e no Texas.
1955 - O Diane, furacão de categoria 4, mata 184 pessoas no Estado de Nebraska, e causa prejuízos no valor de US$ 831 milhões.
1935 - Um furacão de categoria 5 atinge a Flórida, deixando 408 mortos.
1928 O Estado da Flórida é devastado por um furacão de categoria 4, que mata 1.836 pessoas.
1919 -A Flórida é atingida por um furacão de categoria 4, que deixou 600 mortos.
1900-Um furacão de categoria 4 atingiu o Texas, causando 8.000 mortes. Não há informações sobre o valor dos danos causados por ele.
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